POLÍCIA INVESTIGA DESAPARECIMENTO DE 26 ARMAS DA GUARDA CIVIL METROPOLITANA DE CAJAMAR

Sumiço de 7 revólveres e 19 pistolas foi notado no dia 22 de março, mas ocorrência só foi registrada esta semana; depósito não tem câmeras

11/04/2024

São Paulo — A Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, registrou o desaparecimento de 26 armas de um depósito da corporação — 19 pistolas e sete revólveres de uso restrito. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

O registro da ocorrência foi feito na terça-feira (9/4), mas segundo o boletim de ocorrência, o desvio do armamento foi percebido muito antes, no dia 22 de março.

Na ocasião, segundo a polícia, um dos guardas que cuidam da vigilância do local percebeu o sumiço de sete revólveres. Como era uma sexta-feira, ele decidiu esperar até segunda-feira (25/3) para comunicar o caso a um inspetor, seu superior imediato.

Na segunda-feira, esse inspetor determinou uma recontagem imediata e descobriu que, além dos sete revólveres, 19 pistolas também tinham sumido. Todas estavam aptas para uso. Não se sabe por que o registro da ocorrência só ocorreu mais de duas semanas depois.

Segundo as investigações, a última contagem feita no depósito de armas havia sido feita em janeiro. Depois disso, em 26 de fevereiro, foi relatado um dano na fechadura do local. Foi feita manutenção, mas não uma recontagem do armamento.

Sem câmeras

O local, de acordo com a polícia, não possui câmeras de monitoramento.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi registrado como perda/extravio pela Delegacia de Cajamar. “Um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias dos fatos, bem como para recuperar o armamento”, disse a pasta.

Procurada pelo Portal, a Prefeitura de Cajamar não se manifestou. O espaço está aberto para um posicionamento.

O caso de Cajamar é semelhante ao sumiço de armamento ocorrido no ano passado no Arsenal de Guerra de Barueri (foto abaixo), também na Grande São Paulo. Na época, foram levadas do local 21 metralhadoras. A Justiça Militar tornou réus oito pessoas por envolvimento no caso — quatro militares e quatro civis.

Fachada do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), unidade do Exército de onde foram furtadas 21 metralhadoras

De acordo com as investigações, o desvio do armamento de guerra ocorreu entre os dias 5 e 8 de setembro, mas só foi percebido mais de um mês depois, no dia 10 de outubro, durante uma inspeção no quartel.

A partir daí, o inquérito policial militar foi aberto. Três dias depois, o caso veio a público em reportagem do Portal e ganhou repercussão nacional. Até hoje, duas metralhadoras antiaéreas ainda não foram recuperadas.

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