MULHER DENUNCIA POLICIAL MILITAR POR ESTUPRO EM TRÊS LAGOAS

Em depoimento, a mulher relatou que passeava de bicicleta e parou na esquina do 2º Batalhão da Polícia Militar para fumar um cigarro, quando foi abordada por um policial militar, que estava dirigindo uma moto. Segundo a mulher, o policial a obrigou segui-lo até um local escuro, com mato alto, e a abusou sexualmente.  

06/01/2024

Uma mulher, de 22 anos, fez uma denúncia alegando que foi estuprada por um policia militar durante um encontro marcado por um aplicativo, na noite de quinta-feira (4), em uma região sem iluminação, próximo ao campo da Aden (Associação Desportiva Noroeste do Brasil), no bairro Santa Terezinha, em Três Lagoas. O caso é investigado pelas delegacias da Polícia Militar e Polícia Civil.

A equipe de Rádio Patrulha da Policia Militar foi na residência da vítima, no bairro Ipacaray. Em depoimento, a mulher relatou que passeava de bicicleta e parou na esquina do 2º Batalhão da Polícia Militar para fumar um cigarro, quando foi abordada por um policial militar, que estava dirigindo uma moto. Segundo a mulher, o policial a obrigou segui-lo até um local escuro, com mato alto, e a abusou sexualmente.

Após ser identificado, o policial militar foi chamado para prestar esclarecimentos no 2º Batalhão da Polícia Militar. Em depoimento, o policial negou a acusação e disse que a versão da mulher era “fantasiosa”. Segundo o PM, ambos já se falavam a alguns dias e marcaram de se encontrar nas proximidades do quartel, onde ficaram conversando por alguns minutos e depois houve o interesse mútuo de irem para o local escuro e terem relação sexual.

Segundo a Polícia Militar, após o depoimento da mulher e do policial militar, o caso foi levado para à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde foi registrado boletim de ocorrência por estupro. A mulher foi levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e passou por exames médicos e depois foi liberada.

Investigação

De acordo com as investigações da polícia, imagens de câmeras de segurança nas proximidades da região do ocorrido mostram a mulher e o militar conversando na rua próximo ao quartel. Segundo os policiais que tiveram acesso ao vídeo, a mulher e o policial demostravam tranquilidade e intimidade durante a conversa. E que logo em seguida, o militar teria saído na moto em direção a uma rua escura e a mulher o seguiu na bicicleta.

Após alguns minutos, ambos deixaram o local, para lados apostos, contradizendo a versão da mulher, que relatou após sair da rua escura, o policial teria a seguido até o Ginásio de Esportes Cacilda Acre Rocha, onde teria a ameaçado para não contar nada se não morreria. Após prestar depoimento aos superiores, e entendido que não houve crime e que a versão da mulher contradizia o que as imagens mostraram, o militar foi liberado.

A equipe de reportagem do  entrou em contato com o tenente coronel Mauro C. Ormay do 2º Batalhão da Polícia Militar. Por que meio de nota o tenente informou que foi entendido pelos superiores da polícia, que não houve crime praticado pelo agente, tanto na esfera militar quanto civil, não sendo necessário penaliza-lo, mas que independente de ter sido descartado o possível crime de estupro, os fatos ainda seguem sendo apurados, para que nenhuma das partes sejam prejudicadas.

“Após comunicado o suposto crime, foi feito todo esforço para investigarmos o caso, de forma imparcial, para trazer clareza sobre os fatos, sem prejuízos para ambas as partes. Segundo o depoimento da denunciante e os fatos relatados, com as imagens de câmera de segurança, que mostram um bom relacionamento e intimidade entre os dois, somando com o relato do militar, que teria confessado ter mantido contato com a mulher, mas tudo de forma consensual por parte dela, além das mensagens de celular, que confirmam a versão do policial”, explicou o tenente coronel Mauro C. Ormay.(Com informações da JP News)

 

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