EMPRESA DÁ CALOTE EM TRABALHADORES EM TRÊS LAGOAS,FECHANDO AS PORTAS NA CALADA E DEIXANDO TODOS VENDO NAVIO

A desmobilização da empresa começou no dia 1º do mês passado, eles retiraram toda a mobília e maquinário e levaram para São Paulo. Os trabalhadores ainda levaram todos os pertences da empresa para a capital paulista com a promessa de que iriam receber todos os direitos

10 Dezembro 2021

Cerca de 147 trabalhadores de uma empresa terceirizada que prestava serviços desde 2018 para uma produtora de papel e celulose em Três Lagoas, denunciaram nesta semana a falta de pagamento e demais verbas trabalhistas por parte da companhia que foi embora do município.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário, Wellington Vieira Melo, a companhia se instalou em Três Lagoas em 6 de janeiro de 2018 e após uma licitação começou a prestar serviços no transporte de madeira. No mês de julho deste ano chegou até o conhecimento do sindicato que a empresa teria entrado com processo de recuperação judicial.

“Desde então os problemas aumentaram e a situação se agravou. Após o ocorrido, o sindicato que já intermediou por diversas vezes com a prestadora de serviço em prol dos direitos dos trabalhadores, recebeu no dia 19 de novembro um comunicado de que a empresa encerrou suas atividades no município e que os funcionários iriam ser dispensados”, disse Melo.

O diretor do sindicato explicou em entrevista ao Hojemais, que em virtude da experiência nesses casos e com a informação sobre a recuperação judicial, cogitou a possibilidade da empresa de transportes não honrar com o compromisso com seus colaboradores.

“Prevendo toda essa situação, eu me antecipei para defender a categoria e cumprir com meu dever que é de defender a categoria. Solicitei uma mediação perante ao Ministério Público do Trabalho (MPT), e junto com as advogadas Cláudia Luz e Adriana Nogueira que fazem parte do processo jurídico do sindicato, e um dos trabalhadores desta empresa relatamos toda a situação ao órgão competente”, falou o diretor do sindicato.

Melo contou que antes de procurar o MPT tentou um acordo, mas foi informado por um representante, que a empresa não teria condições de pagar os colaboradores.

“A desmobilização da empresa começou no dia 1º do mês passado, eles retiraram toda a mobília e maquinário e levaram para São Paulo. Os trabalhadores ainda levaram todos os pertences da empresa para a capital paulista com a promessa de que iriam receber todos os direitos”, explicou.

Conforme Melo, a empresa tem cerca de um milhão e trezentos mil reais para receber de prestação de serviços da produtora de celulose e papel de Três Lagoas.

“ Nós estamos tentando fazer o bloqueio deste valor para que os colaboradores recebam suas verbas trabalhistas antes do dia 17 de dezembro, pois esses trabalhadores estão sem receber já faz um mês. Iremos fazer de tudo para ajudar esses funcionários, vamos orienta-los e dar total apoio até que o problema seja solucionado”, finalizou Melo.(Hoje Mais)

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